quarta-feira, 29 de julho de 2009

RUNNING OUT OF DREAMS

Were you planning to be pretty?
I should tell ya that ain't workin'
The ol'dream to be a rockstar is not a bit good
It's a desperate, sad adventure for noon and after that
Been workin' for a pounf coin
Cuz my children weren't fed

Just a young man sittin' beside an ol'team in the bar
But the elderly may spend... you cannot afford to lose any time
The janitor comes for the rent, late too many times
Ain't gonna make a new friend here
But you are under the eyes

Just another day in the city of dreams
Take time to pray, what you don't believe
Please come along and try to save us now
Time is passing by and I'm running out of dreams

domingo, 26 de julho de 2009

ALTO FLAGELO

Acordou com raiva do mundo,
perdido, sim, contrariado.
Acordou com raiva, desnudo,
sabia o que era, coitado.
Despertou de sono profundo,
mas já sem ninguém ao seu lado
sentiu muita raiva de tudo,
passou todo o dia sentado.
Ter raiva de um mundo inteiro,
culpá-lo da insatisfação,
tardar em ser verdadeiro
e esperar nada em reação?
Todo tempo passa ligeiro,
nunca que passa é em vão!
Do tempo a gente é passageiro,
e dele não se tira perdão.

Ah!, não.

Sentir essa raiva viril,
sentir-se com tudo a perder,
sentir que o que tinha, partiu,
saber que o culpado é você...
Ver que o mundo lhe reagiu
aos atos que quis cometer,
ver o saldo do que feriu
com atos. Por fora, blasé.
Sentiu que ainda era tempo
e que a raiva lhe dava poder.
Pensou que se fosse correndo
alcançava de novo. O quê?
Pensou em ser tão violento,
provocou, mas ainda não vê:
provocou o próprio sofrimento
e chorou como quando bebê.

E chorou e se enervou lá do alto porque lá no alto e lá dentro sabia que a raiva que sentia era dele.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

DE UM QUANDO E NÃO ONDE

A falta de olhares não esconde
O que olhos alheios só vêem
Nós somos de um quando, não onde,
Até quando viver em porém?

A falta de excusas responde
Perguntas não brotam do além
Que a névoa persista e me ronde
Permita, no entanto, um que vem.

Estou ou sou tão diferente
Pois sou paciente demais
Creio estar mais conseqüente.

Se a presente ausência me traz,
A mim, que sou tão exigente,
Do que a presença é capaz?

Nós somos de um quando, não onde
E a olhos alheios, porém,
Não poupa os olhares, não esconde,
Sou eu ou todos vocês vêem?

Que a falta de excusas me ronde,
Perguntas que brotam, que vêm
Névoa persistente, responde,
Permite, portanto, um além?

Estou ou sou mais conseqüente
Pois sou paciente demais
Creio estar tão diferente.

Se a presente ausência é capaz,
A mim, que sou tão exigente,
O que a presença me traz?

ARRESTED

No friends
No sun
No drinks
No mum
No sex
No fun
Can’t sleep
No glam
Short food
Long fights
Short space
Long nights
No bed
No seat
That heat
No fan
No wind
Just sweat
No keys [kids]
No gaps [dads]
No life
No pain
No time
Just shame

You’re arrested
For the rest of your life
You’re arrested
You’ve got the right to be quiet



- - - - - - - - - - - - -

Sem a menor pretensão de ser Nina ou Iggy, mas são as duas das três fontes de inspiração nesse caso. E abstraia a tosquice da gravação.

Ou melhor, compreenda.

- - - - - - - - - - - - -

domingo, 19 de julho de 2009

NUNCA!, um soneto

Nunca! E nunca, nunca, vezes três!
Tens que ver, é infinito, oposto
Assim sendo, digo e faço gosto
Nunca! E nunca, nunca, vezes três!

Tens que ver e me mostrar o rosto
E eu nunca mais farei o que te fez
Nunca, nunca, nada, um não cortês
Sobrancelha em riste, em lindo posto

Digas mais que nunca é proibido
Faz-me repetir o que te conduz
Até que insistente faz sentido

Se nunca é proibido, então é luz
Faça o que quiser, nunca impedido
E nunca ao que sinto me reduz

sábado, 18 de julho de 2009

ESTUPRO

Eu posso te amar,
mas eu posso também deixar pra lá.
Eu posso te amar,
mas você precisa deixar.

Eu posso te comer
sem roupa na mesa do jantar.
Eu posso te estuprar,
mas aí você não pode deixar.

Fez tudo certo,
mas quem disse que eu gosto assim?
Prefiro o incerto ao que é bom pra mim.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

SENTIDO ÚNICO

daquele que nunca fez

traio a ti com minha namorada
falo demais, tu ficas calada
calada a noite passa, recicla o dia
ciclo infinito, tristeza e alegria
profundo buraco de luz

insípida

só o odor de ti recordo e me dói
é bastante mas não basta
correnteza que arrasta e é mais
quando mais nunca foste, demais
é amarelo, é claro, é jamais.

estúpido

três dias não passam veloz
três noites sem ter sua voz
elevo-te toda à terceira...
a primeira, quatorze, a primeira
mais letras, a seta certeira
um autista que briga sem mais.

visível

é o que todos pra sempre veriam
como tu vês não esconderiam
se não têm vez, aguardariam
pela entrada no templo xadrez
e de lá nos trariam notícias
um postal, e então fictícias
tornariam-se fato concreto,
viveriam sob o mesmo teto,
refariam o que nunca se fez.

- - - - - - - - - - - - -

Inexorável em outras palavras: Asurdoníricos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

HEY MÃE

Hey mãe, eu tenho um filho,
mas nunca, jamais, não conheci.
Já tem a minha idade,
disseram que parece com você -
se for tão depressivo,
deve conhecer o que vivi,
todos os anos que se foram.
Não dá pra voltar atrás, mas

quero te mostrar que sou capaz, mas
nunca tive tempo pra ser bom.

Hey mãe, aquele filho...
se tem a minha idade não é meu!
Estou apreensivo,
creio que de fato ele sou eu.
Com seu caráter duvidoso,
duvidou que já cresceu.
Pensa que ainda é muito novo,
já sorriu e já sofreu demais.

Deve duvidar que sou capaz, mas
só de olhar pra trás se arrependeu,
não quer mais saber do que passou.

Já passou, ficou prá trás.
Se já passou, não volta mais.
Um abraço seco, mudo e sem calor,
um abraço e um pedido de perdão.

terça-feira, 14 de julho de 2009

TENTAR ATÉ MORRER [HE COULDN'T FIND THE WAY]

Quinze anos e nada mais,
era apenas um jovem rapaz
que tenta algo que não se faz.
Fez mal, não pôde proceder.

Está sozinho na multidão,
muitos rostos, nenhuma afeição.
Lá no céu ou sentado no chão,
talvez não, mas pra mim é tudo igual.
Pra mim é tudo igual,
é igual pra mim.

Se passaram mais seis anos,
muitas noites e dias insanos.
Não mudaram os antigos planos:
tentar, tentar até morrer,
tentar até morrer,
até morrer!

Um corte vertical,
fundo e longitudinal,
lá do alto, um mortal,
belo salto sem sair do chão,
sem sair do chão,
tentar até morrer.

- - - - - - - - - - - - -

PORNODOGS tocam essa também. Mas originalmente, foi escrita assim:

HE COULDN'T FIND THE WAY

He was only ten plus five
When he did for the very first time
He tried to take away his own life
So hard, he couldn't find the way

He couldn't find the way
He couldn't find

Be alone in the middle of a crowd
Many faces, no friends around
In the sky or facing the ground
I may be wrong but sometimes it feels the same

Sometimes it feels the same
I know it feels

Now he's on his twenty first
Six years were not enough
He's gonna try that same old stuff
He's gonna try to take his life again

To take his life away
To take his life

- - - - - - - - - - - - -

E no clima suicídio e post casado, um sonho contado com o mesmo tema aqui.

- - - - - - - - - - - - -

segunda-feira, 13 de julho de 2009

UMBIGO SEM SONHOS

Um pequeno cisco no olho de vidro que já não enxerga mais
Um pequeno odor compromete, incomoda demais
Um pequeno ruído no ouvido cansado que já não escuta mais
Um pequeno dia longo no umbigo que já não sonha mais
Que já não sonha mais

Um pequeno corte na pele que sangra, dói mas tanto faz
Um pequeno floco de neve derrete, desfaz
Um pequeno erro e o gosto desanda, já não satisfaz
Um pequeno dia longo no umbigo que já não sonha mais
Que já não sonha mais, não sonha mais
Não sonha mais

Sem hoje o ontem não teria amanhã, oh! não.
Sem continuação, o hoje não terá amanhã,
pra quê sonhar então?

- - - - - - - - - - - - -

Mais uma que os PORNODOGS tocam. Como não tenho mp3, uma conclusão evidente: precisamos gravar. É das minhas preferidas, dos sentidos pra variar.

De certa forma tem a ver com meus textos no outro blog, sobre sonhos.

- - - - - - - - - - - - -

domingo, 12 de julho de 2009

NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI

Meus amigos sempre me disseram
Ela é demais e você tem que conhecer
Nunca nos vimos, nunca nos falamos
ficou no ar um mistério de você
Não sei se corro atrás ou se te espero [sinto seu cheiro]
Se faço o tipo mudo e casual [te olho no espelho]
Mas se ficar parado eu desespero [procuro e não vejo]
Maldito instinto cego e anormal [um desejo imenso de encontrar]

todos falam com você e eu não
todos sabem como é e eu não
todos podem te encontrar e eu não, e eu não

falei uma vez por telefone
e me ponho agora a digitar
troco mensagens de amores
raiou o sol e ainda não dormi
Sem te conhecer eu nem procuro [sentindo seu cheiro]
Algo que te faça acreditar [te olhando no espelho]
Nunca tive planos pro futuro [procuro e não vejo]
Tudo leva sempre ao mesmo fim [um desejo imenso de encontrar]

todos falam com você e eu não
todos sabem como é e eu não
todos podem te encontrar e eu não, e eu não

Eu tenho um vício de você [eu não sei, eu não sei]
Nunca te vi, sempre te amei [eu não sei, eu não sei]
se tem um brilho ou se não tem [eu não sei, eu não sei]
são tantas coisas que eu não sei [eu não sei, eu não sei]



- - - - - - - - - - - - -

Mais PORNODOGS, essa quem canta os versos é o H., e eu os backings. No refrão inverte. Feita pra uma coisa, não pessoa.

sábado, 11 de julho de 2009

TODO SILÊNCIO

Qualquer e todos nossos tempos,
se for convencimento não quero,
porque me faz mal,

é o oposto do incerto, é o correto, mas não natural.

Sentar, enxergar na folha o vento,
Cheirar um sentimento que é mero,
latente, é real.

Se um gosto são cores e um toque só faz passar mal,

de só querer bem.
De só, querer mais.
E só se sentir quando muitos te cercam em paz.

Todo silêncio é uma chance e um sinal,
todo silêncio é um começo e um final,
tudo em silêncio,
tolo em silêncio,
todo silêncio que é branco, é igual.

Todo silêncio que é chance, é mortal.
todo começo já traz um final?
tudo em silêncio,
tolo em silêncio,
todo silêncio que é branco, é igual.

- - - - - - - - - - - - -

HOLD ON

Hold on to what you have
because you ain't gonna get any more than that
it's not a shame to show what you feel
and cry one more night before you leave

You're proving that you’re real

Feel sad, have regrets and all
don't dress yourself up into steel
show people that you care
you would always be there but you can't

And tell that's really not their fault
turn back just one more time to fall
you’re sad, that's really not their fault but it's all yours
you have no strength to carry on

Come close to those you love and ask
if they don't really love you back
then go and move to far enough
as far as they can never go

How they come to react?

All alone, not self-assured,
for other people you are just a bore
but they have never tried to get
to get any closer to the core

They don't really want to know
if you are hard or you are soft
but you are not a gum to chew and spit out
that's not you
you have a heart that beats inside



- - - - - - - - - - - - -