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sexta-feira, 23 de maio de 2014

TRAINSPOTTING

42 to sunrise.
I’ve just realized.
I’ve just counted.
That’s all there is to do.
Count.
And all of a sudden I’ve just realized,
I am not the only one I can count with.
Not anymore.
Not ever.
40, that’s the number.
Small, decreasing number.
But only now I started writing.
That’s fine.
Not enough to close my eyes.
That’s fine.
I don’t want them to be shut.
I want them open wide.
Between the 4 and the 0 are three.
We are tree.
I never felt so much like myself.
Insomniac.
Writing about numbers.
Dreaming and writing and awake.
Eager for something indefinable.
A feeling.
Waiting.
Counting minutes.
Rushing.
Speeding up the pace for a bit.
Thinking of each step.
Anxiety, the word to be beaten.
To be assimilated.
Stimulated.
Proved and tasted.
The wait has always proven to be fair.
The fair way to any raise.
Exercise.
Body.
Mind.
I cannot speed up life.
But I can run.
I cannot see much forward in the dark.
But I can write.
The projection is enough.
Shakes the guts.
The body feels it.
It needs it.
The idea already fulfills it.
It’s physical, but still.
It's addictive, I predict.

Nunca te vi, sempre te amei.

Run.
Rise.
Fun.
Life.

No need to choose.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

[OH MY]

I’m hurt
But you never touched me
You never felt me with your hands
Cause you never hit me

[Oh my] Hope is a hopeless feeling

I’m dirt
But you never smelt me
You never inhaled me with your nose
Cause you never breathe me

[Oh my] Hope is a hopeless feeling

I suck
But you never licked me
You never felt me with your lips
Cause you never kiss me

[Oh my] Hope is a hopeless feeling

I’m blushed
But you never ashamed me
You never stalked me with your eyes
Cause you never meet me

[Oh my] Hope is a hopeless feeling

I’m dumb
But you never dared me
You never held me with your ears
Cause you never answer me

Point all of your senses towards myself, I insist
I insist there’s got to be a tomorrow when your senses will fall

[Oh my] Hope makes no sense to me

quinta-feira, 1 de março de 2012

METAFÍSICA

Pro tempo, sem temperamento.
O espaço não explica a ciência.
Paciência é um bom argumento,
Ou espaço que ganha no tempo?

Pro espaço, tem refinamento.
Constrói com tempo e cadência.
Não consigo tudo que tento,
Ou não quero o que lamento?

Com pouco tempo, o espaço não vem.
Com pouco espaço, difícil ser lento.
O espaço, em segundos, é alguém.

Uma hora infinita se passa em um vento.
Um quarto de hora nem sempre se tem.
Um quarto pequeno é um momento.

O tempo. O espaço.
Meu mundo tem pouco espaço.
O espaço. O tempo.
Meu mundo passou do tempo.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

THE TRUTH

It is always small, because it is supposed to be simple.
Simplicity is small, even when it’s dark.
So truth is small, and many times black.
But sometimes it is orange.
Simple like that.

The truth is small, but needs . s p a c e . a n d . f r e s h . a i r.
It is always close, or far, but lying there.
May be closer than you think.
Even more because to be honest,
Sometimes you just cannot see it.

Speaking of it, shouldn’t IT be a HE or a SHE?
I think we use IT because it depends:
Whose truth are we talking about?
And that question, my friend,
Changes many things when is answered.

Unlike what you may have thought,
Believed and stood for...
The truth isn’t only one.
Just like god [god?]:
Perhaps it just doesn’t exist.

My truth is definitely small and orange now,
And not from this world.
But I’m positive they’re both mine,
The world and the truth.

And thus, my little big friend,
I can tell you with no fear:
It is small, it is orange, and it is here.
Even though your eyes cannot see it.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O QUÊ DA VIDA

Tem vezes que a gente está bem como está.

Que dia!
Que semana!
Que mês!
Que ano!
Que vida!

Tem vezes que a gente só quer que chegue amanhã.

Que dia longo.
Que semana infinita.
Que mês complicado.
Que ano pesado.
Que vida!

Tem vezes que o amanhã precisava ser ontem.

O sol apagou.
A feira acabou.
O natal chegou.
O inverno passou.
Que vida!

E tem vezes que a gente quer as duas coisas igual.
Ao mesmo tempo. É, tempo, você não tem sido fácil.

Que dia.
Que semana.
Que mês.
Que ano.
Que vida.

quarta-feira, 16 de março de 2011

TRAGICÔMICO

Me assisti, era um ator,
Não mais eu - outro alguém.
Me assistia num palco,
E só eu, mais ninguém.

Mas de fato era um texto
Sem falas reais.
Era tudo um roteiro,
Não meu, mas de outrém.

Seria isso um ensaio, não a peça em cartaz?
Seria o ato de um drama ou comédia fugaz?
Será que lia nas linhas o que todos dizem?
Será que tragédia em disfarce de paz?

Não senti essa dor,
nem nunca disse amém.
Só subi no palanque
que aos modos convém.

Somente encenava,
E não chorei jamais.
Era tudo um passado,
um presente e um porém.

Quando vi, estava velho pro que ficou pra trás,
Mesmo assim, pro destino era jovem demais.
Se entre linhas sou lírico e vou sempre além,
Só, correndo, sou empírico, e assim sou capaz.

Então

Eu corri pra suar,
Pra ficar ofegante.
Eu corri pra chorar
Sem ninguém perceber.

Não corri pra lutar,
Quis ficar mais distante.
Eu corri pra escapar
Sem ninguém perceber.

quarta-feira, 24 de março de 2010

INCOMPLETO

Eu sonhei.
E acordei mais molhado que estou
depois da chuva que cai meio tom,
que cai de lado, pra esquerda, aonde vou.
Olho pra lá onde Lá é bemol,
quero ficar bem mais perto do Sol,
onde ninguém sente a dor do vazio,
onde ninguém sente frio.

Acordei,
e me senti mais cansado que estou,
sentei de lado onde o vaso caiu.
Juntei com a mão todo o caco que restou,
fiquei calado e colei o que deu,
falei apenas que eu era seu.
Disse que a culpa está toda em mim,
mas que isso não era o fim.

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À procura de um refrão e de mais versos,
de preferência uns riffs espertos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ÓRGÃO DAS CERTEZAS

Ouço com as orelhas
Ouço com os ouvidos
Ouço os barulhos
De uma porta abrindo
Vou sair pra dentro
Abre e vou saindo
Entro enquanto saio
Vejo enquanto saio
Eis que então vem vindo

O coração me bate
O coração violento
Me bate tão, tão forte
Me bate sem carinho
Bate forte na boca
Bate na boca do estômago
Bate na falta de um cérebro
Bate no ausente sentido

O cheiro sobe quente
Inebria a mente da gente
Textura sobe no dente
Um dedo sozinho não sente
Mas o estômago fica sentindo
Rasga e joga sal grosso
Tempera a carne do insosso
Sempre ele, chorando ou sorrindo

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Apenas uma livre simples rápida impensada adaptação de um parágrafo.

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domingo, 26 de julho de 2009

ALTO FLAGELO

Acordou com raiva do mundo,
perdido, sim, contrariado.
Acordou com raiva, desnudo,
sabia o que era, coitado.
Despertou de sono profundo,
mas já sem ninguém ao seu lado
sentiu muita raiva de tudo,
passou todo o dia sentado.
Ter raiva de um mundo inteiro,
culpá-lo da insatisfação,
tardar em ser verdadeiro
e esperar nada em reação?
Todo tempo passa ligeiro,
nunca que passa é em vão!
Do tempo a gente é passageiro,
e dele não se tira perdão.

Ah!, não.

Sentir essa raiva viril,
sentir-se com tudo a perder,
sentir que o que tinha, partiu,
saber que o culpado é você...
Ver que o mundo lhe reagiu
aos atos que quis cometer,
ver o saldo do que feriu
com atos. Por fora, blasé.
Sentiu que ainda era tempo
e que a raiva lhe dava poder.
Pensou que se fosse correndo
alcançava de novo. O quê?
Pensou em ser tão violento,
provocou, mas ainda não vê:
provocou o próprio sofrimento
e chorou como quando bebê.

E chorou e se enervou lá do alto porque lá no alto e lá dentro sabia que a raiva que sentia era dele.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

DE UM QUANDO E NÃO ONDE

A falta de olhares não esconde
O que olhos alheios só vêem
Nós somos de um quando, não onde,
Até quando viver em porém?

A falta de excusas responde
Perguntas não brotam do além
Que a névoa persista e me ronde
Permita, no entanto, um que vem.

Estou ou sou tão diferente
Pois sou paciente demais
Creio estar mais conseqüente.

Se a presente ausência me traz,
A mim, que sou tão exigente,
Do que a presença é capaz?

Nós somos de um quando, não onde
E a olhos alheios, porém,
Não poupa os olhares, não esconde,
Sou eu ou todos vocês vêem?

Que a falta de excusas me ronde,
Perguntas que brotam, que vêm
Névoa persistente, responde,
Permite, portanto, um além?

Estou ou sou mais conseqüente
Pois sou paciente demais
Creio estar tão diferente.

Se a presente ausência é capaz,
A mim, que sou tão exigente,
O que a presença me traz?

domingo, 19 de julho de 2009

NUNCA!, um soneto

Nunca! E nunca, nunca, vezes três!
Tens que ver, é infinito, oposto
Assim sendo, digo e faço gosto
Nunca! E nunca, nunca, vezes três!

Tens que ver e me mostrar o rosto
E eu nunca mais farei o que te fez
Nunca, nunca, nada, um não cortês
Sobrancelha em riste, em lindo posto

Digas mais que nunca é proibido
Faz-me repetir o que te conduz
Até que insistente faz sentido

Se nunca é proibido, então é luz
Faça o que quiser, nunca impedido
E nunca ao que sinto me reduz

sexta-feira, 17 de julho de 2009

SENTIDO ÚNICO

daquele que nunca fez

traio a ti com minha namorada
falo demais, tu ficas calada
calada a noite passa, recicla o dia
ciclo infinito, tristeza e alegria
profundo buraco de luz

insípida

só o odor de ti recordo e me dói
é bastante mas não basta
correnteza que arrasta e é mais
quando mais nunca foste, demais
é amarelo, é claro, é jamais.

estúpido

três dias não passam veloz
três noites sem ter sua voz
elevo-te toda à terceira...
a primeira, quatorze, a primeira
mais letras, a seta certeira
um autista que briga sem mais.

visível

é o que todos pra sempre veriam
como tu vês não esconderiam
se não têm vez, aguardariam
pela entrada no templo xadrez
e de lá nos trariam notícias
um postal, e então fictícias
tornariam-se fato concreto,
viveriam sob o mesmo teto,
refariam o que nunca se fez.

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Inexorável em outras palavras: Asurdoníricos.